segunda-feira, 25 de maio de 2015

CONTRABANDO - um crime a ser combatido e enfrentado por todos

'Quem compra vira cúmplice', afirma Alexandre Garcia sobre contrabando

Comentarista afirma que quem compra está sustentando o crime. "Governo brasileiro tem que conversar mais com o governo paraguaio", disse.

O consumidor deveria ser o primeiro a rejeitar produtos contrabandeados. Governo, consumidor: todo mundo tem que fazer a sua parte. Mas vai esperar isso do consumidor, que paga menos?
Quem compra produto contrabandeado, pirata ou não, não paga o imposto que todo mundo paga, e que serve, teoricamente, para a segurança, saúde, educação, por exemplo. Quem compra produto de contrabando está contribuindo para que o salário e emprego fiquem no exterior e não sejam brasileiros. Quem compra vira cúmplice dos que praticam os crimes de descaminho e contrabando. Se não comprasse, o crime não se sustentaria.
A lei de 1940 foi enfraquecendo e foi modificada há menos de um ano, mas, pelo que constatou a reportagem, pouco adiantou. Além disso, muita lei e pouca fiscalização não dá certo. Se os impostos fossem menores no Brasil, e fosse menos trabalhoso produzir, é provável que teríamos menos contrabando. Mas falar em reduzir imposto em tempos de ajuste fiscal é só um sonho.
A propósito, a estimativa das perdas da indústria e do Estado com contrabando, feita pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras, é de R$ 100 bilhões, o que é bem mais que os cortes do ajuste fiscal, de R$ 70 bilhões.
A maior parte do contrabando é de cigarros, quase 70%; eletrônicos e informática, cerca de 20%. O sacoleiro fica com a parte mínima. O grosso é o contrabando organizado, apoiado pela corrupção. Isso porque só se fala de mercadoria, não se fala de drogas. Ainda na sexta, a Polícia Federal do Paraná aprendeu 846 quilos de cocaína.
Por isso, o governo brasileiro tem que conversar mais com o governo paraguaio. O entendimento que já existe está longe de ser suficiente e eficiente.

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